terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Chapéus diferentes

Deixo aqui imagens de uns chapéus que construi, para uma pequena dramatização. A história do" Coelhinho branco", com alunos do pré escolar.

Material necessário para os construir:
 Cartão, serve o das caixas normais que sobram  nos supermercados. Cortam-se tiras de cartão para tirar a medida da cabeça e fecha-se a tira escolhida em círculo.
Um balão, mais ou menos cheio.
Papel de jornal.
Fita isoladora de pintor
Papel de cozinha
Cola branca de madeira
Tintas
E muita imaginação!


















Susana Cameselle

Postal de natal e mini presépio

Como o natal está há porta fica aqui umas ideias para fazer em casa, os seus postais de natal e um presente para dar no natal.


Postal: Calças de pai natal

Material: Cartolina vermelha,
                Uma tira de 5 centímetros de cartolina preta.
                Um bocadinho de cartolina castanho escura e castanho claro para desenhar uma rena.
                Algodão.
               Brilhantes( Purpurinas) prateadas ou douradas consoante o gosto
               Bolinhas de papel metalizado ou outos adereços a gosto
               Cola.




Presente de natal, um mini presépio

Material: Rolhas de cortiça ( usadas, exemplo de garrafas de vinho)

               Retângulo de cartolina
              Cascas de pinheiro, para fazer a base.
             Cola quente
             Cola normal
            Ráfia, uns fios apenas, para a caminha do menino jesus, cinto e diadema de S. José.
           Restos de tecido. 


Susana Cameselle
 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Toca andar a pé!

Andávamos pelo ano 1996, ano em que fiquei colocada na linda Ilha da Madeira, mais propriamente na freguesia do Seixal. Um domingo desses lembrei-me ir a São Vicente para levantar dinheiro no multibanco, pois na época não existia nenhum na localidade.
 A Susaninhas apanhou o autocarro das 14 horas e lá foi. Quando chegou, antes de descer, perguntou ao condutor: Agora para voltar é às 16 horas? Condutor: Não menina, hoje é domingo, só às 20 horas. Pensei, não faz mal dou umas voltas e passa rápido.
Passa. passa... Quando cheguei ao multibanco qual não é o meu espanto! Estava fora de serviço! Nada feito!
Então pensei: O que faço aqui tanto tempo e só com uns trocos no bolso? Hummmm, passou uma ideia pela minha rica cabecita e se assim passou mais rapidamente a coloquei em execução, vou a pé!
Não estava propriamente vestida nem calçada para esse tipo de caminhada mas teimosa como sou, quis lá saber! Comecei a andar, até que estava a correr bem... Quando comecei a subir pela zona das rochas onde a estrada se estreita e só se vislumbra rochas e mar logo ali ao lado, ui! ui! tive medo mas a teimosia é mais forte que a razão e continuei. Os condutores dos autocarros, de turistas, só faziam gestos com a mão a tocar a cabeça. Tipo você é maluca!
Pensava, maluca sim, maluca! Só queria o bilhete dessa gente, para ir para a minha casa! Que mal fiz eu na vida para andar nisto!
Andei, andei, passei o furado( nome que se dá aos túneis)olhava para as paredes, corria água por todo o lado, metia medo.  Os sapatos já magoavam, cheguei a um lugar chamado véu da noiva e sentei-me numa esplanada, bebi uma coca cola, que paguei com os trocos que tinha no bolso, contemplei a paisagem e ganhei forças para o resto da caminhada que faltava.
Quando estava a entrar na freguesia, já sentia bolhas nos pés, parou um carro.
 Um senhor dizia: Professora quer boleia? A minha resposta saiu de forma automática: Não, agora vou a pé!
E lá fui a pé até casa, sem dinheiro, cheia de bolhas nos pés mas satisfeita comigo. Não necessito de transportes, tenho pernas! Por estes lados toca andar a pé!
Noutra ocasião, tinha uma reunião em Porto Moniz, como os transportes eram escassos apanhei boleia com o condutor do  centro de saúde e lá fui. O ir não foi o problema, o problema foi voltar. Terminada a reunião, estava cheia de fome e resolvi comer, depois da barriguita cheia resolvi voltar para casa. Andei até uma ponte, à saída desta freguesia esperando apanhar boleia de regresso, punha o dedo e nada, punha o dedo e nada. Fartei-me! 
 Lá fui  a pé para casa, passei mais uns furados, meia a andar meia a correr.  "Foita, foita" mas a procissão vai por dentro. O calçado era mais prático, a paisagem mais agradável e lá fui...
 Encontrei pessoas a trabalhar no campo que me saudavam e eu correspondia com um aceno e um sorriso, levei muito tempo a chegar a casa. A minha colega já estava preocupada e esperava-me num cafezito onde costumávamos comer umas empadas típicas da Venezuela.
Quando cheguei contei-lhe tudo e como estava cheia de fome, lá caiu uma rica empada.
 Toca andar a pé! 
Susana Cameselle

domingo, 25 de agosto de 2013

Esse teu olhar!


Esse teu olhar cor de avelã, que sorri com prazer
Doce, irreverente, selvagem e maroto.
Rasga o rosto escondendo emoções, quando olha e gosta do que vê!
Vivo como um pássaro livre, que voa para onde quer, sem fazer fretes
Apenas com a vontade de se sentir bem.
Esse teu olhar entre a multidão, solitário no escuro da noite,
Mostra as rugas que o tempo sulcou de uma história só tua,
de prazeres, de momentos felizes e de lágrimas na solidão vertidas de dor e desespero.
Esse teu olhar que enche a alma de quem observa calada, para não estragar a tela que ficará para sempre gravada.
Esperando um dia poder cruzar outra vez o meu olhar  com esse teu olhar…

Susana Cameselle



sábado, 27 de julho de 2013

Aí as malas!

  No natal de 2004, em mais uma das minhas visitas à casa da mamã, vivi mais uma das minhas viagens com história. Então vamos lá!
Nesse Natal a minha vida estava do avesso, sentia-me cansada, desorientada, só queria chegar a casa da minha mãe e ter uma dose grande de mimos.
 Como fazia muitas vezes quando as ligações de avião entre os Açores e o Algarve não me permitia fazer a viagem toda no mesmo dia, ficava a dormir em casa da minha tia "de Lisboa" e foi isso que aconteceu, no entanto não seria como o habitual, desta vez a minha tia iria comigo para o Algarve.
Quando dei por mim estava rodeada de malas, a minha mala e mais 3 da minha tia, tudo ok.
 Fomos para a estação do oriente e quando íamos subir para a zona das linhas do comboio pousei as malas no chão para ver qual a melhor forma de as levar para esse local. Ainda estava a pensar quando de repente sinto um grito, olhei e nem queria acreditar no que via... a minha tia, com cerca de 70 anos, na época, completamente virada do avesso no meio da escada rolante, com mais uma bendita mala! Gritei, valha-me a santa! Deixei tudo espalhado no chão e corri. Aquilo parecia uma cena para os apanhados, o segurança a correr para parar a escada rolante, eu a gritar e aquela santa alma toda escachada no meio da escada rolante. Bom resolveu-se o assunto, um joelho inchado e pouco mais. No decorrer do percurso até ao Algarve fez gelo, descansou, parecia que tudo estava a compor-se, sim, parecia!
Quando chegámos a Faro tínhamos que mudar de comboio para seguir para Vila Real de Santo António. Descemos com cuidado, carregava as 4 malas e ela vinha atrás, pedi ao chefe da estação para a ajudar enquanto levava as malas para a linha certa. No momento em que estava a meio da linha, com as malas, ouvi outra vez gritos, nem queria acreditar quando olhei para trás! Não podia estar a ver bem! Aquilo não me estava a acontecer! Não podia ser!
 Lá estava a tia estatelada no meio da linha mais o chefe da estação! Os dois completamente estendidos no chão, até o telefone do chefe estava espalhado no meio da linha. Enfim! Outra vez!
Lá chamaram a ambulância! Quando os bombeiros quiseram rasgar as calças e as meias para poder ser auxiliada, a minha tia gritava que as calças eram caras, que as meias eram caras. Raios partam a mulher, ainda por cima dificultava tudo! Levaram-na para o  hospital.
Olhei para mim estava rodeada de malas, casacos, botas!| Ai as malas! Para que quer aquela mulher tantas malas, para um par de dias?! Resolvi esse problema, a minha irmã iria buscar tudo à estação de Faro, então segui para o hospital. Cheguei 1º que ela e quando chegou só dizia: Oh filha toma os ouros! Meu Deus nem queria acreditar, ainda nem sabia o que tinha, já pensava que lá ia ficar internada. Passei lá horas sem fim, chamaram-me e disseram que tinha o joelho muito magoado das duas caídas, nada que não se resolvesse com descanso, podíamos leva-la. Tudo bem fiquei feliz, a minha mãe e o meu cunhado já estavam lá à espera.
Então disse: Vá tia vamos? Ela respondeu: Não consigo sair da maca! A médica que a tinha atendido viu a minha aflição, já não sabia o que fazer pois ela não queria sair da maca. A médica disse: Então não foi a senhora que subiu só para a maca? Ela disse: fui senhora doutora! Então também pode descer, respondeu a médica.
 Bom, lá desceu e como se queixava muito levei-a numa cadeira de rodas. Agora iríamos para casa! Mas reparei que ela começou a chegar-se para a ponta da cadeira, para cair outra vez, ai disse-lhe: Já chega tia, não vais ficar internada nem ser operada senta-te bem! Estou farta, só quero chegar a casa!
Cheguei por volta da 1 e meia da manhã!
Fogo! Não há nada que não me aconteça! Viagens rotineiras já vi que não são para mim!



domingo, 16 de junho de 2013

Mais uma das minhas....!

Ontem, dia 15 de Junho, lá fui para a manifestação de professores em Lisboa. Como é normal cumpri o ritual, levantei bem cedo, esperei pelo autocarro no ponto de encontro, tudo perfeitamente normal. A viagem correu bem, parámos no centro comercial do montijo para almoçar e ainda fiz 2 comprinhas muito em conta como não poderia deixar de ser.
 O problema deu-se quando chegámos a Lisboa, sai do autocarro, com os companheiros de viagem, sabia muito bem que íamos dois grupos diferentes, cada um com o seu sindicato, não sabia era quantos eram de cada um. Bom, segui os companheiros e quando lembrei do representante do meu sindicato comecei a perguntar: - Onde está o Zé? Todos encolhiam os ombros ou diziam que não conheciam. Aquilo começou a fazer-me confusão, mas para lá fiquei com eles. Começaram a distribuir bandeiras e ai comecei a ver que aquele símbolo não era do meu sindicato, deram-me uma bandeira para a mão, li e ai vi o que se passava. Estava no grupo errado!
Épa! Já tá asneira feita! Como é que alguém se poderia lembrar do Zé se não o conheciam!
E agora se vou embora daqui perco-me, despistada como sou. Quando apareceu a responsável pela Fene lá expliquei a situação, ela respondeu que não tinha problema éramos todos professores, fiquei com os meus companheiros de viagem, com uma bandeira da zona sul da Fene.
Nem sei como aconteceu mas dei por mim a levar a faixa com as palavras de ordem ao lado de algarvios e alentejanos... diverti-me e cumpri com o meu desejo, mostrar a minha insatisfação.
No fim pensei, sou mesmo um cromo! Quando não me perco antes de começar este tipo de eventos e ando doida à procura do pessoal, não consigo acertar no meu grupo sindical! Enfim coisas de Susaninha! Ehehehehehehheeh

Susana Cameselle


sábado, 4 de maio de 2013

Quando levei o bogas ao centro de inspecções!

Por vezes vem-me à cabeça certas recordações. Ontem, como o meu companheiro de 4 rodas foi ao centro de inspecções para ver se estava em condições de circular nas estradas esburacadas, lembrei-me da única vez que pessoalmente o levei a realizar esse teste.
Tudo aconteceu na primavera de 2003, ainda vivia no Faial da Terra, na Ilha de S. Miguel, conduzi o carro até ao centro de inspecções da Ribeira Grande, esperei pela minha vez e quando ela chegou ... começou mais uma peripécia na minha vida.
Primeiro o senhor viu os cintos e afins e depois mandou -me levar o carro para uma zona especifica com uma fossa por baixo, lembro de estar agarrada ao volante com quantas forças tinha e o carro abanava por todo o lado.
 O homenzinho gritava lá de baixo, eu não entendia nada e só dizia: "ã", "ã", vermelha que nem um tomate dos nervos que tinha, aconteceu o inusitado, quando o senhor disse que tinha que acelerar com força e só parar quando ele mandasse. Ai, Ai, isso não podia ser? Então? Não podia fazer uma coisa dessas! Na minha cabeça já me via sair pela porta fora! Então disse ao homenzinho: Não posso fazer isso senhor!
 Porque? Perguntou o inspecionador.
Porque vou sair disparada pela porta fora! respondi.
Então o senhor disse: Oh menina vai acelerar com o carro em ponto morto! Pensava fazer em primeira?
Pois pensava fazer em primeira claro! Sabia que não devia ser mas não estava a ver outra forma... Podem rir! Esta é mais uma de cromo de colecção.
Quando a inspecção terminou penso que o homem já não me podia ver pela frente, nem eu a ele, jurei para nunca mais, desde esse dia quem leva o meu velho amigo de 4 rodas é o mecânico.

Susana Cameselle

A minha rádio