quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mar

Que saudade do teu azul profundo, das tuas ondas que rebentam em espuma branca, imaculada, que chocam as rochas negras de basalto.
Que saudade do teu cheiro, da tua bravura arrepiante e ao mesmo tempo desse espelho em dias de calmaria.
Quantas vezes, olhei para ti a sorrir, com a alma cheia de felicidade e também a chorar de dor, de desespero, sem saber para onde ir ou o que fazer!
Quantos segredos e histórias guardam as tuas águas?
Majestoso, sem pressa, sem idade. Está sempre ai, pronto a ouvir, acalmar e dar força para continuar a navegar neste barco da vida.

Susana Cameselle

 

sábado, 26 de abril de 2008

Isolada!

Pois é, cá estou!
Nunca pensei sentir-me tão isolada. Quando fui viver para os Açores todas as pessoas diziam:
- Ai! Vais ter falta de ar com tanta água!
Mas, nunca senti nada disso, sentia-me muito bem! Não senti que estava no meio do Oceano Atlântico, que era aquilo e mais nada. Sempre fui bem aceite, fiz amigos e amigas com facilidade, tinha sempre jantaradas, animação perto de mim e isso que vivi em 4 das nove ilhas, com mais uma perninha na ilha da Madeira.
Desde que regressei, sinto-me como um peixe fora de água, triste entre 4 paredes, isolada, bem que tento, mas, nada me faz sentir enquadrada e já lá vão quase três anos!
Não deveria ter voltado, lá tenho as minhas amizades, lá tinha uma vida com cor, aqui tudo é preto e branco.
Devem pensar: - Então, vai-te embora? Pois é! Não é tão fácil assim, se fosse, era já amanhã, nem pensava duas vezes.
Sento-me mesmo triste, melhor, infeliz mesmo.
Que vida!

A minha rádio